top of page

Atualizado: 4 de abr. de 2023


As conferências internacionais sobre andorinhões são encontros onde ornitólogos que se dedicam ao estudo ou conservação destas aves se reúnem para partilhar os seus trabalhos mais recentes.


E é precisamente sobre o evento do próximo ano que escrevemos, uma vez que foi recentemente anunciada a cidade anfitriã. Depois de no ano passado ter sido aqui bem perto, em Segóvia (Espanha), a próxima edição está marcada para Trieste, no norte de Itália!


Para quando em Portugal? Que tal Mértola 2026 ou Évora 2028? Vamos fazer por isso!

Assim que souberam que a muralha da Macarena, na cidade de Sevilha (Espanha), iria ser restaurada, a Ecourbe , uma ONG ambiental espanhola sediada na mesma cidade, tratou de entrar em contacto com a delegação de urbanismo da municipalidade para que tivessem em consideração a importante colónia de nidificação de andorinhões que lá existe.


Como resultado desses contactos, a associação conseguiu não só salvaguardar a conservação dos ninhos, como também estabelecer um protocolo que define as características das cavidades e das entradas de maneira a que possam ser melhoradas as condições de nidificação.


ECOURBE, parabéns e muito obrigado pelo vosso esforço!



O declínio das populações de andorinhas e de andorinhões está, entre outras razões, relacionado com o declínio das populações dos invertebrados de que se alimentam. Foi recentemente publicado um relatório sobre o estado das populações de borboletas no Reino Unido e os resultados são desanimadores: 80% das espécies são menos abundantes e a sua área de distribuição diminuiu. Embora as borboletas não sejam a presa mais comum para andorinhas e andorinhões, este grupo evidencia o que está a acontecer aos insetos um pouco por toda a Europa.


No nosso país, infelizmente não temos dados que nos permitam dizer o que está a acontecer às borboletas. Em Portugal, 2023 será o quinto ano em que se faz um esforço concertado para a monitorização de borboletas, estando cerca de 80 locais a serem amostrados, graças à Tagis - Centro de Conservação das Borboletas de Portugal e a todos os que se associaram a esta iniciativa. É um esforço louvável e de felicitar, mas ainda insuficiente e incomparável com o que se faz noutros países.


Preservar andorinhas e andorinhões tem de passar também pela preservação dos insetos de que se alimentam. Para isso é necessário promover usos do solo que beneficiem os invertebrados e a biodiversidade em geral e travar o uso generalizado de químicos, sobretudo inseticidas!



bottom of page