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CONSERVAÇÃO

As andorinhas e os andorinhões, embora sejam aves fáceis de observar, uma vez que partilham o espaço urbano connosco, são cada vez menos comuns. Estudos realizados em vários países revelam uma clara diminuição do número de aves que regressam à Europa todas as primaveras. Este declínio é motivo para alarme e os estatutos de conservação de algumas destas espécies sobem para os patamares de maior preocupação. Exemplos disso mesmo são a inclusão da andorinha-dos-beirais e do andorinhão-preto na Red List of Birds of Conservation Concern in the United Kingdom, a última edição do Libro Rojo de las Aves de España que considera a andorinha-das-chaminés e o andorinhão-preto espécies Vulneráveis (VU), ou a European Red List of Birds que classifica o andorinhão-preto, o andorinhão-cafre e o andorinhão-pequeno como espécies Quase Ameaçadas (NT).

Os principais fatores de ameaça que têm contribuído para o declínio das andorinhas e dos andorinhões são:

  • o declínio das populações de insetos como resultado das alterações das práticas agrícolas e florestais;

  • a destruição de ninhos ou mesmo de colónias de nidificação, pelos incómodos que possam causar ou através do restauro e demolição de edifícios;

  • o desenvolvimento de novas técnicas e materiais de construção que não permitem que as aves se instalem e construam novos ninhos;

  • as alterações climáticas que levam ao desfasamento entre o pico de abundância dos insetos de que se alimentam e o seu calendário migratório e reprodutor.

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PRINCIPAIS AMEAÇAS

Alterações nos habitats e disponibilidade de recursos

 

Destruição de ninhos e colónias de nidificação

Alterações climáticas

 

A conservação das andorinhas e dos andorinhões não é apenas importante pela beleza extraordinária destas aves, mas também pelos serviços que nos prestam. Estas aves, sendo insetívoras, têm um papel muito relevante no controlo de populações de insetos. Uma andorinha pode capturar mais 850 insetos num só dia e alguns estudos referem que um andorinhão possa caçar 5000 insetos no mesmo período, o que faz com que um casal reprodutor cace mais de 100.000 insetos para alimentar as suas crias. Dos insetos consumidos por este grupo de aves, muitos são vetores de doenças humanas ou pragas agrícolas e florestais que provocam prejuízos de valor incalculável.

É, por isso, muito importante monitorizar estas aves de forma a avaliar o estado das suas populações e dos habitats que as sustentam, identificar as principais ameaças que enfrentam e delinear medidas de conservação prioritárias para a sua preservação. Sabendo de antemão que a perda de locais de nidificação é uma das maiores ameaças à conservação destas aves, é também fundamental identificar o maior número de ninhos e colónias de nidificação para tentar travar a sua destruição. De forma complementar é também importante construir novos ninhos aumentando assim a oferta de locais de nidificação.

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